sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

São 7

Desde pequena escuto as pessoas vezes zombando, vezes exaltando o fato de eu ter uma família grande. Eu não ligo, nunca liguei. Pois só eu sei o quão bom e ruim é. As coisas ruins tornam-se fúteis e despresíveis perto das coisas boas. Digamos que num momento difícil, eu notei que:

São 7 beijos de bom dia que eu recebo. [Todos os dias]
São 7 vezes que eu escuto que tudo vai dar certo.
São 7 pessoas que eu tenho certeza que eu posso contar.
São 7 orações que eu recebo por noite.
São 7 personalidades que eu certamente conheço.
São 7 que dariam a vida por mim se necessário.
São 7 o número de vezes que eu escuto: Eu te amo ! .. todos os dias.
São 7 .. ops 14 braços abertos, e dispostos a me dar um abraço a qualquer hora do dia.
São 7 que estão comigo, pro que der e vier.

E claro, algumas dessas coisas, com certeza eu recebo de outras pessoas também, todos os dias. E por fim, são 7 vezes por dia que eu agradeço, por ter uma grande família !

sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

Me ajude a achar as chaves !

É evidente que ninguém gosta de perder algo, alguém ou até mesmo uma situação. Mas hoje aprendi que devíamos experimentar perder algo todos os dias. Devíamos nos acostumar com isso, e só assim a queda será menos dolorosa quando vier. Eu quero aprender a perder um pouco por dia, e não sofrer com isso. Mas temos que ser consciente de que serão perdas boas e ruins. Perda dos medos, de mágoas, perda de coisas que nos fazem mal. Assim como, perderemos também: amor, consideração, desejos e pessoas que achávamos ser indispensáveis para nós.

Perder as chaves da porta talvez... acontece !

Eu perdi as minhas. Não consigo mais entrar pela porta de costume. Troquei a fechadura. Agora é outra chave, outro segredo. É uma pena, pois parece que ao mudar a chaves tudo mudou, eu gostava de como tudo era antes. Eu adorava. Agora acho tudo diferente, parece que tudo trocou de lugar. A única coisa que não mudou, é que ainda encontro a alegria e aquela sensação acolhedora ao entrar.

quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

Caso 1605

Eles contrataram os melhores psicólogos, estavam dispostos a pagar qualquer preço pelo melhor. O importante era o meliante descobrir o segredo mais oculto. Descobrir através dos meus gestos, olhares, reações e sinais o meu único crime.


Mas de nada adiantou, isso eles não tirariam tão facilmente de mim, eu já estou aprendendo a me dominar. Não entregarei mais de bandeja meus desejos, meus receios, e o que eu realmente penso. Pois então, se acharam no direito de me prender. Miseráveis! Me deixaram sozinha em uma pequena sala à deriva. Completamente ausente de algo que eu pudesse apoiar ou me agarrar.


Afinal, porque eu deveria dizer o que penso. De nada me vale. Eu sou minha própria refém, vivo constantemente presa a algo que devia dominar. Presa ao que sinto. Podem manter meu corpo preso aqui, é indiferente. Pois se eu estiver livre, em algum momento o vento levará meus pensamentos. Mas com a mesma voracidade, logo os trás de volta!
Por fim, minha única recompensa será que nesse belo, e ao mesmo tempo, doloroso momento sentir-me-ei dona de mim novamente, eu sentirei no pulsar do meu corpo a vida. Sim. A vida sem cortes, sem censura, totalmente na íntegra. Por isso afirmo. Livre ou presa, ninguém poderá usurpar de mim esse meu mais doce e louco pensamento.